Apontam dedo à "meia-dúzia de grandes proprietários absentistas, latifundistas, na maior parte do Alentejo e do Ribatejo" que recebem "muitos milhões".

Os agricultores do distrito de Leiria pediram ao presidente da Câmara de Porto de Mós que faça chegar à ministra da Agricultura, ao promeiro-ministro e à Comissão da Agricultura da Assembleia da República as suas reinvindicações e reclamações aprovadas na concentração realizada no dia 31 de março, no Mercado de Porto de Mós.

Na carta aberta entrege a Jorge Vala, solicita-se um debate sobre os apoios "que deveriam chegar aos pequenos e médicos agricultores, mas não chegam", apontando o dedo à "meia-dúzia de grandes proprietários absentistas, latifundistas, na maior parte do Alentejo e do Ribatejo" que recebem "muitos milhões" de fundos comunitários.

Na missiva, pedem que aqueles "passem a receber bastante menos, para que os pequenos e médios agricultores passem a receber mais para poderem cultivar as suas terras e viver com alguma dignidade".

No documento, subscrito pela União dos Agricultores do Distrito de Leiria, há ainda pedido por melhores preços para os produtos e pela revitalização dos mercados tradicionais e contra o despovoamento do mundo rural.

Pedem-se ainda medidas contra "os javalis e outros animais selvagens" que destroem a produção.