O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) tinha em lista de espera 22.260 pedidos de consulta à data de 13 de fevereiro, sendo que 12.480 ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido, segundo o Governo.
“No dia 13 de fevereiro, o CHL tinha em lista de espera 22.260 pedidos de consulta, sendo que, destes, 12.480 ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido”, refere uma resposta do gabinete do ministro da Saúde na sequência de uma pergunta do PSD sobre os “elevados tempos e listas de espera para consultas de especialidade no hospital de Leiria”.
A Distrital de Leiria do PSD e parlamentares eleitos por este círculo promoveram em janeiro um roteiro dedicado à saúde, tendo os deputados apresentado na Assembleia da República quatro projetos de resolução e 10 perguntas.
Numa conferência de imprensa, no dia 30 de janeiro, de balanço deste roteiro, o PSD considerou que a situação nos cuidados de saúde primários e hospitalares em Leiria está um caos e alertou que o distrito precisa de uma “atenção diferente” nesta área.
Entre as perguntas ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o PSD queria saber por que razão “17 mil utentes já ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido” para consultas da especialidade e que medidas vai o Governo tomar para reduzir estes tempos de espera no hospital de Leiria, assim como sobre a possibilidade e quando da ampliação desta unidade de saúde
Numa das respostas lê-se que o CHL “está consciente das limitações na resposta à elevada procura de primeiras consultas em algumas especialidades médicas”, problema que tem “como causa principal a dificuldade de contratação de especialistas”, assinalando, contudo, que “os esforços realizados têm permitido melhorar a situação”.
Quanto à eventual ampliação do Hospital de Santo André, em Leiria, o Ministério da Saúde fez saber que a taxa de ocupação do CHL “foi, em 2022, de 72,9%”.
“Neste contexto, não faz parte da estratégia deste Centro Hospitalar a abertura de mais camas hospitalares, mas, sim, o incentivo à ambulatorização de cuidados e a uma maior polivalência na ocupação das camas”.
Ainda assim, está prevista, este ano, a abertura de 15 camas no hospital de Pombal (unidade de convalescença), 12 camas de cuidados intermédios cirúrgicos e cinco na unidade de hospitalização domiciliária.