Leiria subiu para o 7.º lugar no Ranking Global do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2023, entre os municípios de grande dimensão, uma posição que espelha o excelente desempenho financeiro do Município, reforçando o seu compromisso com uma gestão sustentável e a qualidade dos serviços prestados aos munícipes.
Este resultado, que representa a melhoria de uma posição face ao ano anterior, confirma a eficácia das políticas de equilíbrio orçamental e de controlo da despesa, destacando Leiria ao nível da eficiência e responsabilidade financeira no contexto nacional.
Esta posição foi revelada esta terça-feira pela Ordem dos Contabilistas Certificados, que estabelece o ranking com base a indicadores relativos a eficiência e eficácia financeira, como a liquidez, o peso do passivo exigível no ativo, o passivo por habitante e os impostos diretos por habitante.
O mesmo documento releva que Leiria é o sexto Município no ranking do equilíbrio orçamental, entre os municípios de grande dimensão, com uma proporção de 77,9% entre a despesa corrente acrescida das amortizações e a receita corrente bruta cobrada, demonstrando a capacidade em manter um equilíbrio sustentável, assegurando as suas responsabilidades financeiras e garantindo estabilidade para o futuro.
Outro indicador especialmente relevante diz respeito ao prazo médio de pagamento a fornecedores, de apenas 3 dias, que coloca Leiria em primeiro lugar, a par de Gaia, entre os grandes municípios.
No caso do IMI, Leiria destaca-se como 10.º Município que mais abdica de receita em favor dos residentes. Ao ter adotado a taxa mínima possível, de 0,30%, Leiria deixa de arrecadar 8,9 M€, o que representa uma poupança de 67 euros por munícipe.
Este resultado reflete uma política que favorece o alívio financeiro dos cidadãos sem comprometer as finanças municipais.
Leiria destaca-se também ao nível da eficiência na gestão de despesas com pessoal, sendo o 3.º entre os grandes municípios e o 10.º no total do país.
Em 2023, Leiria reforçou ainda a estabilidade e redução da dívida, reduzindo o passivo exigível em 2.495.002 euros, reforçando o compromisso com uma gestão financeira prudente e orientada para a sustentabilidade.
Aumento das Receitas e Diversificação da Base Fiscal
Receita Total: Leiria ocupa a 21.ª posição, com um aumento de 9,3% nas receitas totais, refletindo o dinamismo da economia local.
Receita Fiscal: Também na 21.ª posição, resultante dos impostos municipais, como o IMI e o IMT, evidenciando o dinamismo do setor económico local.
IMT: Na 27.ª posição, com 14.200.703 euros arrecadados, um aumento de 13,4%, espelhando o dinamismo do setor imobiliário e o aumento de transações de propriedade.
Derrama: 13.ª posição, com 6.272.264 euros de receita, refletindo a vitalidade económica das empresas locais, dado tratar-se de uma receita sobre o lucro tributável das empresas sediadas no concelho.
Investimento e Contenção de Dívida
Transferências e Subsídios: 17.ª posição, com 20.522.603 euros destinados ao apoio de freguesias e associações locais, um aumento de 13,4% de investimento nas parcerias comunitárias.
Despesas em Bens e Serviços: Na 14.ª posição, com 34.582.412 euros, um aumento de 18,8% face a 2022, sublinhando o compromisso com a qualidade dos serviços municipais, um aumento também justificado pela pressão inflacionista e ainda as obrigações decorrentes da transferência de competências para o Município, nomeadamente na área da saúde.
EBITDA: Leiria está na 19.ª posição com um EBITDA de 20.684.570 euros, evidenciando uma capacidade sólida de geração de recursos próprios, permitindo novos investimentos e assegurando a sustentabilidade financeira do município.
Fonte/Foto: CM Leiria