O Município de Leiria apresentou, esta terça-feira, 18nde março, em reunião de Câmara, o parecer relativo à Avaliação de Impacte Ambiental da Linha Ferroviária de Alta Velocidade – Troço Soure/Carregado (LAV).
Este documento, elaborado no âmbito da consulta pública em curso, reflete a posição do Município face a um projeto que representa uma oportunidade estratégica para a região, defendendo que é crucial garantir qualidade ambiental ao projeto, proporcionando equilíbrio entre os ecossistemas e o bem-estar humano e atividades antropogénicas.
o Município confere parecer favorável condicionado à Avaliação de Impacte Ambiental (EIA), sublinhando a necessidade de garantir medidas de mitigação e soluções que minimizem impactos negativos.
O documento aponta ainda que "a solução avançada pelo EIA como a conjugação de traçados mais favorável (ver documento) é a que melhor serve o interesse público, uma vez que se apresenta como a mais favorável no que respeita ao efeito conjugado nos diversos descritores avaliados”.
O parecer resulta da análise dos técnicos do Município, mas também dos contributos recolhidos nas diversas sessões de esclarecimento promovidas nas freguesias impactadas pelo traçado, onde foram auscultadas preocupações e sugestões da população e de diversas entidades locais.
O documento sublinha a importância de garantir que a implementação da infraestrutura ferroviária seja acompanhada por medidas que promovam a sua integração harmoniosa no território e potenciem o seu impacto positivo.
O Município de Leiria defende que:
- A acessibilidade à futura estação LAV na Barosa deve ser assegurada com investimentos complementares na rede viária e na articulação com as cidades de Leiria e a Marinha Grande, prevenindo congestionamentos e assegurando ligações eficientes;
- É fundamental criar uma rede de transportes públicos eficiente e sustentável, evitando a sobrecarga das infraestruturas rodoviárias e garantindo que a nova estação esteja verdadeiramente integrada na mobilidade regional;
- Os impactes ambientais e socioeconómicos devem ser mitigados, assegurando a proteção das áreas urbanas, agrícolas e ambientais afetadas, e minimizando os efeitos negativos na qualidade de vida das populações;
- A participação de entidades locais no planeamento deve ser reforçada, permitindo uma abordagem mais integrada e ajustada às reais necessidades do território, de forma a maximizar os benefícios económicos e sociais da infraestrutura.
A consulta pública decorre até 21 de março, e todos os cidadãos e entidades interessadas podem apresentar contributos.
Fonte/Foto: CM Leiria