Orçamento de Estado para 2023 inclui norma para despoluição dos rios Lis, Lena e ribeira dos Milagres

Governo deverá adotar diligências para a realização de estudos técnicos e económico-financeiros para encontrar uma solução integrada para a recolha, tratamento e a valorização de todos os efluentes,

É um desejo antigo de toda a região e apesar de não resolver o problema ambiental é mais um passo para a mitigação dos impactos ambientais das descargas dos efluentes agropecuários e agroindustriais na região de Leiria.

Por proposta dos deputados da Assembleia da República, eleitos pelo distrito de Leiria pelo PS, o Orçamento de Estado para 2023 vai incluir uma norma “que determina que o Governo adote as medidas necessárias para a mitigação dos impactos ambientais das descargas dos efluentes agropecuários e agroindustriais na bacia dos rios Lis e Lena e Ribeira dos Milagres”.

“O Governo adotará as diligências necessárias que permitam a realização dos estudos técnicos e económico-financeiros para encontrar uma solução integrada para a recolha, tratamento e a valorização de todos os efluentes, em especial dos efluentes agropecuários e agroindustriais, mitigadora dos negativos impactos ambientais, adequada à proteção da ribeira dos Milagres e dos rios Lis e Lena e que vise a defesa da saúde pública e da qualidade de vida das populações daquela região e de todos que a visitam, prevendo o tipo de financiamento para a mesma”, ficou inscrito do Orçamento do Estado para 2023, aprovado, na passada sexta-feira, dia 25, pela Assembleia da República.

Em comunicado, os deputados António Lacerda Sales, Eurico Brilhante Dias, Sara Velez, Salvador Formiga e Jorge Gabriel Martins explicam que a medida vai contribuir para uma “melhoria da qualidade ambiental e bem-estar das populações, sem colocar em causa a grande importância da atividade económica” do sector suinícola na região, em especial nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós.

Os deputados “estão convictos de que o Governo, em colaboração com as autarquias e os agentes económicos locais, designadamente, as associações de suinicultores, e ainda com a participação das organizações ambientais, tudo fará para que seja resolvido, em definitivo, o problema das descargas dos efluentes” nos três cursos de água da região.